Contactámos Igor Agarkov, editor da revista Print+, para saber como continua a trabalhar e informar a indústria gráfica ucraniana a partir da zona de guerra em redor de Kiev.
Como tenciona continuar a informar os seus leitores nas próximas semanas e meses?
Tudo dependerá da situação. Hoje em dia, os redatores preocupam-se principalmente com a segurança pessoal. Muitas famílias encontram-se no território ocupado. Não posso exigir a ajuda delas para apoiar os meus esforços de informação. Apenas posso pedir.
Publico notícias diárias no nosso website printus.com.ua, mantenho um grupo e páginas noFacebook e contas no LinkedIn e Twitter, comunico com impressores ucranianos e tento ajudá-los a resolver os problemas tanto quanto possível. Estou a tentar convencer os meus colegas da Associação EDP a apoiar a indústria gráfica na Ucrânia e a acompanhar e publicar sistematicamente as declarações dos principais fabricantes mundiais com a sua avaliação da agressão na Ucrânia e a sua prontidão para trabalhar com empresas russas.
Penso que enviaremos pequenos resumos aos nossos colegas sobre os acontecimentos na indústria gráfica ucraniana com um pedido para os distribuir nos nossos canais. Irei fazê-lo novamente se a situação assim o permitir!
Hoje em dia, o pessoal editorial preocupa-se principalmente com a segurança pessoal. Muitas famílias encontram-se no território ocupado. Não posso exigir a ajuda delas para apoiar os meus esforços de informação. Apenas posso pedir.
Se considerarmos um período mais longo, espero que seja possível retomar a publicação da edição em papel. Para além disso, elaborámos um projeto interessante para um livro. Espero que um dia seja possível publicá-lo.
Mas estes objetivos são demasiado insignificantes nestes tempos. Evidentemente, faremos todos os esforços para ajudar os colegas afetados.
Como é que os vossos anunciantes e parceiros internacionais vos apoiam? O que espera?
IA: Hoje em dia, a comunicação com os escritórios de vendedores ucranianos é difícil. É difícil falar do negócio principal deles e ainda mais difícil falar de relações públicas. Estou em contacto com os chefes dos escritórios dos principais vendedores. E assim que a oportunidade surgir, restauraremos, pouco a pouco, o nosso trabalho tradicional.
Evidentemente, espero um apoio direto dos fabricantes globais de consumíveis e equipamento. E irei pedi-lo num futuro próximo, especialmente se estivermos a falar de reiniciar a publicação darevista Print+.
Outra fonte de rendimento são as assinaturas das versões eletrónica e em papel da revista. Temos muitas contas pendentes e por pagar, mas hoje, por razões óbvias, não temos nenhuma boa razão para insistir que sejam pagas.
